sexta-feira, 27 de março de 2009

B A T E R I A

Já eram mais de 9 da noite, eu estava chegando em casa e decidi parar na padaria e comprar coisas para um lanche em casa. Saindo de lá, entrei no carro e quando fui dar a partida nada acontecia. Tentei de novo e nem sinal... Não acendia nenhuma luz, nada... do nada, de uma hora pra outra meu carro estava com alguma coisa que não imaginava o que era porque não tinha dado nenhum sinal de problema antes, e agora não conseguia nem ligar o carro.

Peguei meu celular e pensei em quem ligar. A princípio ia chamar um amigo que gosta muito de carros e já socorreu um monte de gente, mas lembrei que ele tinha mudado pra longe de onde eu estava. Minha mãe estava junto e veio com as teorias, disse que poderia ser a bateria descarregada ou o alternador. Entendi que tinha um problema mas não havia solução. Tentei fazer o carro pegar, dar na chave e nada. Sem saída, lembrei-me do Henrique, meu pai...rs

Meus pais são divorciados desde que eu tinha 4 anos, então são quase 20 anos sem referência efetiva de pai na minha vida. Ele mora próximo à minha casa, mas tenho minha rotina que nem sempre cruza com a rotina dele e assim cresci fazendo minha vida a parte da vida dele, porém tenho a consciência de que ele é meu pai.

Sem mais a quem recorrer e sem entender porque aquilo tinha acontecido justamente com meu carro, liguei pra ele e passados alguns minutos ele veio no carro dele para os procedimentos necessários de uma bateria arriada. Foi ligar dois fiozinhos de uma bateria à outra e meu carro funcionou. Orgulhosa por ter o trabalho resolvido, eu o agradeci e dei um abraço nele. Era como se tivéssemos nos visto sempre. Mesmo há tempos sem nos falar, era como se fosse normal, como se não houvesse distâncias. Ele é meu pai né?

Muitas vezes questionamos porque muitas coisas acontecem. Não entendemos o significado de alguns fatos que nos fazem parar. Diante destes problemas, tentamos resolver com nossas próprias forças até o nosso limite e é quando não encontramos mais saída que recorremos ao nosso Pai. Penso no Pai do Céu e quantas vezes recorremos a Ele quando estamos com nossas baterias descarregadas e quando não vemos mais solução.
Jesus uma vez disse: “Mas é para que o mundo saiba que eu amo o Pai, e que faço como o Pai me mandou...” Temos uma referência de Pai aqui que amamos e por o amarmos, seguimos a Sua vontade.
A maioria dos nossos problemas resolvem-se como a recarga de bateria de carro, é só espetar 2 fios: 1 Oração e 2 ouvir sua vontade através do estudo da Sua palavra. Para recarregarmos as nossas baterias espirituais, precisamos manter essa ligação com o Céu para manter-nos funcionando espiritualmente. Deus é nosso Pai independente da referência paterna que tenhamos. Ele está atento o tempo todo só esperando que o chamemos e está sempre disponível para nos socorrer.

Mas no caso do meu carro, não foi suficiente uma recarga. Precisei gastar 150 reais na troca por uma bateria nova, da mesma maneira que precisamos nos desprender do nosso eu, fazer alguns sacrifícios para estarmos plenos e permitirmos ser mudados.

Para sermos reavivados, precisamos de reformas. Para estarmos plenos e funcionando sem problemas precisamos nos reformar, nos refazer, estarmos mudados para que nossa energia nunca acabe. Precisamos de reforma em Deus, trocar as coisas de lugar, trocar o velho e que não presta por uma vida nova da maneira que Cristo quer que seja.

Não é uma tarefa simples. Não foi simples no fim do mês gastar dinheiro em uma troca de bateria, mas foi necessário. Deixe seu Pai do Céu agir, tenha uma vida de verdadeiro filho de Deus, deixe ele trocar o que é necessário, recarregue-se espiritualmente e viva por amor a Ele.

Feliz Sábado!

Um comentário:

  1. Oi Jacque, gostei bastante dessa sua experiencia, assim como voce expos ela. Deus nos mostra sempre em detalhes que nunca nos deixara desamparados. Agradeço a Deus pela sua vida. bye bye, Je

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