segunda-feira, 23 de março de 2009

Aluguel de útero é negociado por até R$ 120 mil na internet

Um mercado clandestino, virtual e muito rentável avança na internet fora do alcance da lei. Online, mulheres negociam o aluguel do útero em fóruns e comunidades para quem não pode ter filhos. Os contratos fechados por e-mail chegam a 120 mil com encontros marcados por telefone.

Nos diálogos virtuais, os anúncios prometem sigilo absoluto e oferecem facilidades como o parcelamento do aluguel da barriga em até três vezes sendo: a primeira parcela na confirmação da gravidez, a segunda no quinto mês de gestação, quando normalmente a contratada mostra ultrassonografias do bebê, e a última parcela na entrega da criança.

Há candidatas a mães de aluguel que aceitam ter relações sexuais com estranhos, sem ter que recorrer a clínicas de fertilização. Não há estatísticas oficiais, mas sites de relacionamento chegam a reunir centenas de pessoas que recorrem a este método. Em muitas dessas negociações o casal que esta alugando a barriga leva seus próprios filhos para que eles vejam que não tem nada de errado.

Mulheres de outros países recorrem ao Brasil com a intenção de alugar o "útero" das brasileiras, pelo fato da barriga de aluguel ser proibida em seu país de origem. Uma dona de casa locou o seu ventre por R$100 mil para um casal europeu que não conseguia ter filhos. Foi o próprio ginecologista da mulher europeia que indicou o procedimento da barriga de aluguel.


No Brasil, não é permitida cobrança pela gravidez de substituição. A doação temporária do útero deve ter caráter solidário e ser feita só entre mulheres da mesma família com parentesco até segundo grau, como mãe, irmã e primas. Qualquer outro caso precisa ser auto
rizado pelo Conselho Federal de Medicina.

De acordo com a advogada criminalista Maíra Fernandes, da Comissão de Direitos Humanos da OAB, a prática não é crime. "Não existe lei sobre barriga de aluguel no Brasil. Portanto, ninguém pode ser preso por isso", afirma.

Muitos especialistas condenam essa prática e espera-se que o Estado crie leis para punir essa prática. "Vender ou alugar, tanto faz, tudo tem o pretexto do comércio. Quando há dinheiro em jogo, temos um mercado negro gerando vidas", critica um médico.


[Portal Terra]

Nota: A vida humana passou de um presente de Deus a uma simples mercadoria. Com tantas crianças em orfanatos a espera de uma família, paga-se a pessoas imorais para gerar filhos e se não nascerem saudáveis, serão ignorados pelos pais pagantes e pela "mãe" geradora e encaminhados a orfanatos. Com certeza caminhamos para o fim desse mundo onde as pessoas não têm mais amor pelos outros e sim querem satisfazer seus próprios desejos.

[THT]

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