terça-feira, 12 de maio de 2009

Dispensando o dispensável

Todo mundo quer ser indispensável. Menos quando o assunto é trabalho… Já perceberam? Até quando a igreja vai sofrer com isso? Até quando a igreja vai continuar sendo nós e não “eu”? Enquanto a gente continuar pensando que somos substituíveis, que a nossa importância é medida pela quantidade de responsabilidades que temos dentro da igreja (ou de qualquer outra organização), nós nunca seremos capazes de viver o verdadeiro Ide.

Afinal, “eu não sei falar” ou “eu não sei ensinar” ou “tem tanta gente que faz muito mais e melhor do que eu”… Então pra que me preocupar? Tem tanta gente por aí que pode fazer o que eu faço.

Certo. Provavelmente tem.
Mas essa gente toda não é você. Ou é?

Essa gente toda não assumiu a responsabilidade que você assumiu, assumiu? Por menor que seja o seu papel no corpo, você ainda tem um papel.

Deus, na sua infinita sabedoria nos criou de modo que se um orgão deixa de funcionar, (muitas vezes) o corpo todo, ainda que doa, trabalha pra compensar essa falta. E a mesma coisa acontece nas igrejas.

O problema é que toda a energia que é gasta para compensar a falta de um membro ou órgão poderia ser utilizada muito mais eficientemente em tarefas muito mais úteis e de maior valor para o corpo e seu ambiente.

E a mesma coisa acontece com a igreja.

Um pastor sozinho tem que correr pra fazer “barba e cabelo” na igreja enquanto seus “membros” sentam-se confortavelmente nos bancos (quando decidem ir), como se não houvesse mais nada a ser feito – não pela igreja, mas COMO igreja.

Essa mentalidade mesquinha e egoísta pode ser encontrada em qualquer conversa fiada de dois minutos sobre a “igreja”.

Você já deve ter tido essa experiência… Começamos falando dos problemas (iguais em toooodas as igrejas, praticamente), depois falamos das pessoas… As vezes jogamos algumas idéias ao ar sobre como algumas coisas poderiam ser feitas de maneira diferente, eficiente ou melhor. E por fim… pensamos (e as vezes falamos) “é isso aí…” e saímos ou mudamos de assunto, antes que sejamos levados a assumir alguma responsabilidade.

Em último caso, claro, podemos deixar de contar com as pessoas… Deixar de esperar qualquer tipo de comprometimento delas… E assim vivermos sempre prontos pra compensar a falta de um ou outro membro. Desperdiçando energia…

Só um pensamento…
Por que, afinal, Jesus escolheu 12 discípulos, sendo que apenas alguns deles são citados nos evangelhos?
Será que os que não são citados tinham um papel tão irrelevante assim? Será que eles eram substituíveis? Podiam ser apenas os 7 discípulos… não?

NÃO!

Como Paulo disse… Somos membros de um corpo e Jesus é a cabeça… Cada membro tem o seu papel, o seu espaço e a sua responsabilidade… E cada membro tem o seu valor.

Se você se acha substituível, talvez seja hora de você rever o seu papel no corpo… Por que Deus em sua infinita sabedoria, também fez o corpo com a capacidade de expulsar naturalmente tudo aquilo que não lhe pertence ou que não lhe seja útil.

Enquanto a mentalidade de “frequentar a igreja” não for substituída por “ser a igreja” (e consequentemente fazer o que tem que ser feito), não vejo como resolver essa situação.

Sendo assim, se você só “frequenta” uma igreja, arrependa-se da sua inutilidade e egoísmo levante-se do seu banquinho confortável e vá fazer alguma coisa! Se não tiver espaço na sua igreja (o que eu duvido), tem um tanto de ministérios que precisam de gente disposta e comprometida com o Reino de Deus. Comprometa-se. E seja fiel a esse compromisso, como um bom Cristão que você diz ser.

Antes que seja tarde demais.

[Gui Menga]

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