Somos sem sombra de dúvida, reconhecidos há muito tempo como o povo da espera. Desde 1844 quando um grupo de cristãos reunidos nos EUA marcou a data para a segunda vinda de Jesus, a primeira coisa que fizeram foi esperar. Desse grupo saíram os pioneiros do Adventismo. E daí veio o nosso nome, Adventistas, são aqueles que "esperam" o advento de Cristo.E de lá para cá, seguimos o movimento dos discípulos, que desde o dia em que viram Jesus subir numa nuvem aos céus, "esperavam" seu retorno. Nós hoje, também, aguardamos esse dia. Será?!
Não é preciso uma mente genial ou um relatório cientifico para notar que nós temos nos profissionalizado em "esperar". Essa parece ser a única atividade realmente cristã que estamos praticando com eficiência. Esperamos sempre. Inclusive ao custo de nossas ações. Quantas vezes não encontrei igrejas paralisadas a espera de algo que julgavam ser essencial antes de agir? Esperamos um bom pastor, esperamos o fim de uma obra, esperamos dinheiro, esperamos recursos, esperamos liderados motivados, esperamos por milagres, esperamos o pentecostes, enfim, esperamos sentados.
Somos o povo da espera e do advento, mas o que estamos realmente esperando? Se a profecia bíblica nos diz que a pregação do evangelho alcançando o mundo inteiro é sinônimo perfeito de volta de Jesus?
Embora carreguemos o termo "espera" em nosso nome, está na hora de não esperarmos mais. Pelo menos não da maneira que temos esperado.
Pare e pense em todas as eras do cristianismo, até mesmo durante a estada de Jesus aqui na terra, todas as gerações imaginavam que a sua geração seria a ultima antes do grande dia da Redenção. Digo mais, antes de Cristo vir a Terra havia um movimento de espera por Ele. Deus sempre nos manteve na espera do grande dia da Salvação. E isso foi muito importante para nós. Sem essa constante esperança (palavra derivada de "espera") nossa fé haveria morrido e se apagado. Teríamos desistido e esquecido. Mas a chama da esperança queima desde Adão e Eva. Caim, o primeiro filho do casal, tem na raiz de seu nome a palavra "Salvador", porque eles achavam que Caim já seria o prometido. É como aquela famosa figura motivacional de uma cenoura pendurada a frente de um coelho. Embora ele não a alcance, a cenoura está sempre se movimentando em sua direção. A única diferença é que na vida real um dia alcançaremos o objetivo.
Deus colocou diante de nós a espera pela sua segunda vinda para nos manter sempre em MOVIMENTO, em AÇÃO. E não parados esperando. Ellen White diz em um de seus famosos textos que Jesus adiou a sua vinda pela nossa falta da "verdadeira piedade". E o que é isso? Ela mesma responde: A verdadeira piedade é medida pela obra realizada. A profissão nada é; nada é a posição; um caráter semelhante ao caráter de Cristo é a evidência que precisamos apresentar, de que Deus enviou o Seu Filho. Beneficência Social p.p 37.
Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades. Eventos Finais, p.p 189
Só vivem para Cristo e Lhe honram o nome os que são fiéis ao Mestre, buscando salvar os perdidos. A verdadeira piedade forçosamente há de traduzir-se naquele ardente anelo e diligente esforço do Salvador crucificado, para salvar aqueles por quem morreu. Quando nosso coração tiver sido enternecido e submetido pela graça de Cristo, quando arder com o senso da bondade e do amor de Deus, o amor, a simpatia e a benevolência dele se derramarão espontânea e ternamente sobre os outros. A verdade exemplificada na vida há de, como o fermento oculto, exercer seu poder sobre todos os que com ela entrarem em contato. Testemunhos Seletos Vol2, p.p 249A espera sim! Parados nunca! "Ora, vem Senhor Jesus" não são somente palavras, é ação.
Pr. Diego Ignacio Barreto [http://www.contextomoderno.com]

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